segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Dois cariocas e dois paulistas.



O campeonato brasileiro vai caminhando e cada um vai começando a definir suas "zonas de conflito". Flu x Corinthians, vão brigar em cima. O Atlético-GO, vai brigar em baixo. E dois times de ponta, cuja expectativa era altíssima, vem patinando na tabela e não engrenam.

O São Paulo é um deles. Tem um time de fazer frente, dar inveja. Jogadores que seriam titulares de 9 entre 10 times da série A. Estrutura, estádio, todas essas coisas que a imprensa (principalmente a deles) gosta de pregar por aí. Mas o time não deslancha... e o seu problema, parece estar no Morumbi. Derrota para o botafogo e para o avaí (bons times, mas quem joga em casa sempre tem que se impor) e um empate sofrível com o cruzeiro. Vencia, levou a virada e no apagar das luzes, conseguiu escapar de novo vexame. Se em temporadas anteriores brigava na parte de cima, 2010 caminha para um final aquém.

Outro time que segue devendo é o alvinegro da baixada. Time muito bom, de elogios dispensáveis (pois já é de conhecimento público, e assinados embaixo por este que vos escreve). Fez um ano pré-Copa muito bom. Selou esse período já em agosto, com o título da Copa do Brasil e a classificação para a Libertadores-2011. Agora trava uma briga ferrenha com a janela para não ter seu desmanche já liquidado - Não adianta correr, a janela sempre alcança. Ontem, pela rodada 14 do nacional, tropeçou mais uma vez, mostrando a irregularidade da equipe. O vitória, que nada tem a ver com isso, fez mais 4 tentos e somou mais 3 pontos. Robinho já foi. Wesley tem um pé fora. Será que Neymar aguenta? O último que sair apague a luz?

Pegando a ponte aérea, temos dois alvinegros que tem alegrado suas respectivas torcidas. A turma da Colina parece ter tomado juízo e feito uma boa inter-temporada na Copa. Trouxe bons nomes (Felipe e Zé Roberto tem problema de cabeça, porque bola não falta), acertou com o único técnico invicto do difícil campeonato brasileiro - largou o Ceará na vice-liderança. Este vai caindo, enquanto o vasco, com o material humano que tem, pega o elevador de subida. Já são sete jogos sem perder e, se antes era o temor com o rebaixamento, agora é a esperança do G4 do bem.

O outro alvinegro carioca também parece sair fortalecido das férias forçadas. Com bons nomes chegando como Jobson e Maicossuel (que foi perder seu tempo na Alemanha) e boas opções como Renato Cajá, o botafogo vai ganhando liga. O momento é tão bom que Joel - o gênio por trás da obra - pode se dar ao luxo de não contar com Loco Abreu, o cara do cariocão. Três vitórias consecutivas. Duas fora de casa. Do G4 do mal ao G4 do bem. Mantendo o nível (que é o desafio desse campeonato tão equilibrado) vai voar alto. Tudo graças ao sujeito simpático da ilustração-tema da postagem.



Quando voltar, trago mais dois tricolores na cartola.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Dias melhores


"Vivemos esperando, um dia em que seremos melhores...". A canção cai muito bem para se tratar do "amigável" do selecionado brasileiro contra os ianques.

É inegável uma melhora. Movimentação, passagem dos laterais, triangulações, toques curtos... tudo isso se salientou na partida de ontem. Tudo isso que faltou na África do Sul. Não faltou talento. Ainda que pouco, havia ali. Mas ontem, sobressaiu. Mais gente habilidosa, que sabe tratar a bola.

Não tem como não falar de Neymar. Se deslocou, pediu a bola, tentou dribles e partiu para dentro. Não era uma seleção de ponta, mas o garoto não se omitiu. Teve inteligência e oportunismo para deixar seu gol, em uma penetração na área partindo em diagonal, quando já havia mudado o posicionamento em campo. Robinho manteve o padrão de bom futebol apresentado na seleção e, com o entrosamento do Santos, ficou mais fácil. Ganso apareceu menos, devido ao jogo funcionar mais pelos lados do campo - com o propósito de transpassar uma tentativa de ferrolho. Mas ainda assim, Paulo Henrique também deu seu toque de talento ao time (pra quem não lembra e/ou não viu, a bola que o Ramires serviu ao Pato, passou pelos pés dele).

Dois nomes que eu gostaria de fazer uma menção elogiosa: o primeiro é Andre Santos. Jogando em um "exército de um homem só" (era o único canhoto no time titular de Dunga, enquanto jogava) ficava perdido. Ontem, com mais gente a frente e sempre alguém aparecendo para triangular, ficava mais fácil de atuar. Além de conhecer o comandante, claro. Outro que também apresentou um bom futebol, também se deslocou, apareceu, finalizou, teve um gol (bem) anulado e fez outro, mostrando categoria. Provou ter cancha para fincar lugar no grupo.

É para ter euforia? Sim. Outras seleções, que tiveram a premissa da renovação ou aposta em elencos vencedores, ficaram pelo caminho. Itália perdeu. Espanha, Holanda e Alemanha, empataram. A Argentina sofreu. O Brasil, com time novo, venceu uma seleção que engrossou na Copa e tem dado trabalho a quem enfrenta.

É para ter cautela? Sim. Nem todos os adversários que o Brasil enfrentar, terá o padrão nível, técnico e tático do adversário de ontem. A molecada é boa mas é verde, pode sentir a pressão contra uma catimba argentina. Pode haver o deslumbramento, a soberba. Já houve lampejos pelos clubes, desses jogadores se achando maiores do que (ainda) são. Não é por aí.

Mas não dá pra não ficar alegre ao ver essa seleção em campo. Se a primeira impressão é a que fica, a mim agradou.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Enfim, a Copa do Mundo (parte 2)




Seguindo o comentar do torneio, cheguemos a fase eliminatória, onde se separam os meninos os homens.


Oitavas de Final:


Uruguai x Coreia do Sul:

Os coreanos, na base da correria. Os uruguaios, acharam um gol no começo do jogo (graças ao guarda redes asiático) e acharam que estava tudo resolvido. Os coreanos conseguiram um gol (falha coletiva da zaga). Mas SUAREZ, a fera do jogo, fez um belo gol e deu números finais. Fez-se justiça. O melhor time passou. E esse rapaz, já já vai conseguir um contrato num time de mais expressão na Europa (O holandes Ajax já não é mais aquele...).
Argentina x México:
Venceu o melhor. E quando o melhor do mundo não marca nem desequilibra, os coadjuvantes, aqueles menos badalados, mas nem por isso são piores, cooperam. Carlos Tevez fez dois tentos, Gonzalo Higuain guardou o seu, chegou a artilharia da competição e os Hermanos classificados. o México bem tentou, mas novamente ficam nas oitavas. Comentários sobre a arbitragem a seguir.
EUA x Gana:
Um jogo que podia dar qualquer coisa. Os ianques até tem um bom time, mas quando o dia não é dele, não ajuda, não tem jeito. Gana tem um time de força, longe da antiga escola africana de Abedi Pele e Roger Millar, mas que foi eficaz, competente para vencer na prorrogação e já deixar o nome na história, podendo chegar ainda mais longe.
Alemanha x Inglaterra:
Tudo que vai, volta. Um dia, há de ser com você. Porque todas essas frases? A explicação virá mais abaixo, numa nota de rodapé a respeito dos homens-que-já-não-se-vestem-de-preto. A verdade é que a Alemanha jogou tudo o que a Inglaterra ficou devendo. Tem mais time, mais elenco, mais tradição e todos os méritos na conquista da vaga. A Lampard, Gerrard e Terry, fica a sensação de que ficou devendo. E dá-se o fim de uma boa geração.
Holanda x Eslováquia:
Incrível como o carequinha faz falta ao time. Robben, o jovem velho, entrou no time e os laranjas melhoraram. Não foi aquele luxo, mas serviu para a espantar a zebra, que nada mais era que um fogo de palha. Só serviu para provar que a Itália é quem realmente ficou devendo. Sem alarde, vão avançando.
Paraguai x Japão:
Se quiser deixar seu filho, sobrinho, afilhado ou qualquer outra pessoa de castigo, basta exibir o compacto full time desse jogo. Cento e vinte minutos de lances de qualidade técnica duvidosa. Nos tiros penais, venceu o time que fez uma campanha um milhonésimo melhor. Nem vou me alongar muito nessa partida mais.
Brasil x Chile:
O Brasil não vinha bem. Mas depois do gol em cobrança de escanteio de Juan (que parece ter cisma com os chilenos) o Brasil deslanchou, o Chile tentou acompanhar, mas a disparidade nos times ainda é muito grande. Três a zero. De negativo, o desfalque de Ramires, em um lance plenamente desnecessário. Jogando bem? Não. Favorito? Sempre.
Espanha x Portugal:
Venceu o melhor. Jogou melhor, teve mais posse de bola, mais finalizações. O onze inicial é melhor. O elenco então... Portugal jogou muito mal, ficou dependendo do talento de um único jogador (que não é lá essas coisas. É firulento e pouco objetivo). A Espanha dá provas de que pode ir longe, o time dá crédito para isso. Resta lidar com a pressão e botar a cabeça no lugar.
É isso: agora vamos a algumas considerações:
P.s1: como todo comentarista televisivo que se preze, vou ficar em cima do muro nos confrontos das quartas. Pode dar qualquer coisa. Depois palpito.
p.s2: por favor, por mais que os erros de arbitragens tenham sido grosseiros, que nem um juiz de pelada deve marcar, não influenciaram na classificação dos times. Venceram os melhores e venceriam mesmo sem os erros. O erro do Larrionda no jogo Alemanha x Inglaterra foi absurdo. Eu diria que foi um castigo, com 44 anos de atraso.
Agora só falta a Inglaterra eliminar a Argentina com um gol de mão.

Enfim, a Copa do Mundo (parte 1)




Eu sei, eu sei, cheguei quase para o amém. Mas ainda vale o "antes tarde que mais tarde ainda".

Então, em homenagem a isso, uma zapeada leve no Maior Espetáculo da Terra até então.

Fase de Grupos:

Grupo A:

Não tem como não destacar o papelão francês. Um time que no papel é bom, mas viajou com um técnico demitido e sem comando. Com os donos da casa enfraquecidos, restou aos latinos Uruguai e México garantirem a vaga.

Grupo B:

A Argentina sobrou. Times nivelados por baixo, os hermanos não precisaram fazer força para somar 9 pontos. A Coréia do Sul conseguiu a proeza de ser a menos pior entre eles, Grécia, Nigéria e beliscou a segunda vaga.

Grupo C:

A Inglaterra já chegou devendo. Com um dos principais jogadores fisicamente aquém (Rooney), ficaram devendo na pelota, com direito a um jogo sofrível contra a PODEROSA Argélia. Os EUA foram prejudicados no apito, mas ainda assim passaram em primeiro. No fim, os melhores times conseguiram a vaga.

Grupo D:

Ainda que tropeçando na Sérvia, a Alemanha teve todos os méritos em ser o primeiro lugar na chave. O time já é bom e promete. A Sérvia conseguiu tropeçar na Austrália e em Gana e desperdiçou a chance de classificar. A seleção envelhecia da Austrália já não tinha grandes perspectivas. Gana fez o feijão com arroz e beliscou a segunda vaga.

Grupo E:

Nem sempre panela velha é quem faz comida boa. Marcelo Lippi acreditou na base de 2006, deixou jogadores mais talentosos na Itália e no banco. E pagou caro. Empatou com a fraquíssima Nova Zelândia e perdeu para a Eslováquia, que beliscou a segunda vaga, ao lado do Paraguai. Se na Alemanha levou 2 gols em 7 jogos, na AFS levou 5 gols em 3 jogos e terminou com a lanterna.

Grupo F:

Grupo da eficácia. A Holanda já não é o carrosel que encantou o mundo, deu show, fez e aconteceu. Mas conseguiu algo que na primeira fase, somente Argentina igualou: vencer os três jogos, ainda que ausente de brilho. Japão também não brilhou, mas teve o segundo lugar no quesito eficácia e deixou Dinamarca e Camarões, seleções que prometiam um pouco mais, na saudade.

Grupo G:

Grupo nem tão da morte assim, conforme apontado antes. O Brasil fez o necessário e classificou em primeiro, de maneira também fosca. Costa do Marfim e Portugal disputaram quem conseguiria fazer mais esforço para entregar a vaga pro outro, e os marfinenses foram melhores no quesito. O time é, para padrões continentais, bom. Mas falta algo a mais. Já os Lusos...

Grupo H:

Esse grupo foi animado. A Espanha ameaçou amarelar. O Chile ameaçou barbarizar. A suíça prometia dar trabalho. Ledo engano. A Espanha recuperou o gás, fez bons jogos e ainda passou em primeiro. O Chile deve a classificação a uma ajudinha Hondurenha, que arrancou um empate com a Suíça, que provou ser melhor de defender do que atacar. O problema é que o que ganha jogo é fazer gols, não evitá-los...

a seguir: oitavas de final.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Falta de pauta é um problema (Edição Especial)




Brasileiro vence leilão para jogar na Moldávia, mas avisa que vai dar bolo.

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Um amigo meu falou que o Palmeiras vai abrir inscrições na semana que vem. Se a moda pega...


Falta de pauta é um problema... (parte 8)




Show de Lionel Messi termina com casamento de seis anos na África do Sul.

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Se um argentino, de nariz grande, de um metro e meio, imagina isso.

Noite de Médico e Monstro.



O título e a imagem fazem menção a o que foi o confronto Bayern Munique x Manchester United.

Na "primeira mão" do confronto, o Manchester chegou no abafa e abriu o placar, com o "monstro" (apelidado de Shrek pelos tabloides ingleses). Os bávaros, liderados por Ribery (outro de beleza duvidosa, cujo apelido é Quasímodo) viraram o placar e construiram uma vantagem que seria vital ao fim dos cento e oitenta minutos.

Eis que passa uma semana e tudo muda...

Segunda mão, jogo da volta. Manchester. O time da casa começa monstruoso, numa concepção positiva do termo. Arrasador como Sr. Hyde. Dois gols em sete minutos, com direito a uma letra do luso winger esquerdo Nani. Avassalador. Sufocou o time na própria defesa. Desperdiçou uma chance clara com o lateral brasileiro Rafael. Nani ainda guardou seu segundo tento. Olic descontou. E esse gol deu um sopro de vida decisivo.

Veio os últimos quarenta e cinco minutos. E o Sr. Hyde mudou de lado. Os Reds assumiram a faceta de Mr. Jekyll. E a turma de Munique avançou tal qual o Monstro. Sufocou, abafou. A expulsão do brasileiro Rafael catapultou isso. O United ficou cada vez mais as cordas, esperando o golpe de misericórdia, que veio com "Robery". O francês bateu o escanteio ensaiado, o holandês - desfalque no jogo da ida - completou de voleio. Era uma derrota das boas. Os dois gols marcados na casa do adversário foram o critério derradeiro de desempate, que garantiria a vaga. O mandante até tentou a reação, mas era como um boxeador sem um dos braços. Os alemães controlaram o resto do jogo e até se confortaram com o placar que, apesar do caráter negativo dentro da partida, no geral era o mais importante, pois dava a vaga.

Agora a turma da cerveja busca sua tríplice coroa (lidera a Bundesliga e está nas fases finais da Copa Nacional). Já os Devils dão adeus a chance do tri e pode ficar com as mãos abanando também na Premier League, uma vez que completou uma semana ruim de dois insucessos dentro de seus domínios.

Te cuida, Sir Ferguson!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vai começar o Carioca



Título estranho para uma mensagem? Não. Depois de rodadas de sonolência, onde só o Vasco nos dava emoção tropeçando nos pequenos, finalmente teremos a expectativa de bons jogos. Chegam as semi finais de turno, aonde mais uma vez vemos o abismo entre os grandes e os pequenos e os grandes chegam para duelarem entre si. A expectativa é de que teremos bons jogos e o público finalmente compareça.

Pois bem, vamos aos jogos:

Botafogo x Fluminense:

Cuca mais uma vez encara seu ex-clube. O Fluminense fez uma Taça Rio sem tropeços, exceto por um percalço contra o Vasco. Nesse meio tempo, fez o feijão-com-arroz na Copa do Brasil e chegou as oitavas para enfrentar a Lusa de Desportos. Já o Botafogo voltou a apresentar um futebol abaixo do que vinha apresentando. Apesar de não perder pontos na Taça Rio (exceto para o rival da semi) fez partidas ruins na Copa do Brasil. Passou apertado pelo campeão da Série D - classificou somente por que perderam ponto devido a escalações irregulares - e foi eliminado por outro time da mesma divisão, dentro do próprio estádio. Luz Amarela acesa. Se repetir a derrota da classificatória, vai ter que esperar por um desses rivais, o que vai acarretar em ter mais dois jogos para sair da sina do vice. o Flu batalha para chegar a uma final desde 2005 e retomar a hegemonia ao lado do Fla. Dá Flu.

Flamengo x Vasco:

Olhando o presente, o Fla é favorito. Único time invicto na Taça Rio, tem no onze inicial bons jogadores e um ataque dos mais badalados (talvez o principal) no Brasil - ainda que além dos cadernos de esportes. O Vasco, desde que perdeu para o Botafogo, virou o fio. De time sensação a time da desconfiança. Tropeços inacreditáveis que custaram o cargo de Vagner Mancini (técnico que sempre começa bem, mas acaba decaindo). Falou em Celso Roth, Tite e Abel, mas até agora quem conduz a caravela é Gaúcho, em uma tentativa de "efeito Andrade". No primeiro turno, uma partida para esquecer para os vascaínos. E para Dodô. O Vasco joga a expectativa de sair da fila estadual. O Fla vai a caça de um inédito tetra. Rubro negro levemente favorito.

O fato da dupla Fla-Flu ser a virtual favorita não é garantia de encontro no dia 18, no Maior do Mundo. O próprio alvinegro deu provas de que tudo pode acontecer quando os "melhores" encontram os "piores". A conferir.

Como diria José Carlos Araújo, o Garotinho: Aaaaaapite comigo galeeeeeeeeeeera!

terça-feira, 23 de março de 2010

Agora quem dá bola é o Santos?


De nove entre dez mesas de bate-papo sobre futebol, não dá para não falar dos (novos) meninos da Vila. E esse blog não vai ser diferente.

Impressiona como esse time do Santos joga. Leve, despojado. Como quem desliza em campo. E constrói resultados elásticos sem grande dificuldade. Naviraiense e mais recentemente Ituano, a molecada deu prova de que joga realmente para frente, sem medo de ousar, de buscar o gol os noventa minutos. Isso sim é respeito ao adversário e principalmente ao torcedor, que pagou para acompanhar boas apresentações dessa molecada um tanto quanto talentosa.

Como nem tudo são flores, fica a verdade assombrando o espetáculo: esse time tem data de validade. Ao fim da Copa, Robinho está certo de que vai embora (o que não significa tanto, tendo em vista que a partida contra o Ituano, onde o Santos fez 9 e poderia ter feito mais, ele não estava). Neymar e Ganso já tem o nome cotado na Europa. Isso porque o time não tem nem três meses em campo. É uma pena. Staff como esse podia ficar anos e anos no Brasil dando alegrias a quem realmente gosta do esporte.

Nem era nascido no tempo do Santos de Pelé ou o Flamengo de Zico (só para ficar nos mais famosos), mas como eu queria ter visto esses elencos desfilando em campo...


Perguntar não ofende:

Depois do último clássico, o Botafogo ainda vai ficar reclamando e se sentindo lesado pela arbitragem?

sábado, 20 de março de 2010

Falta de pauta é um problema... (parte 7)

Bandidos invadem Capela do Corinthians

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Isso é seguir à risca a sina de Corinthiano, maloqueiro e sofredor.

Com que roupa...


Agora virou moda times brasileiros escolherem uniformes "exóticos" para serem suas camisas comemorativas de amistosos. O que pouca gente sabe, é que nos anos 90 o Fluminense foi um dos primeiros times a usar de um terceiro uniforme discrepante do tradicional (uma camisa laranja em alusão à sede do clube) e o Santos usou um calção xadrez. Quando não com estrelas.

Na Europa, isso é mais comum que de costume. Barcelona e Chelsea, que tem cor predominante azul em seus uniformes, já usaram tons "marca texto" em seu terceiro uniforme (tal qual Palmeiras-2009). Essas camisas costumam ser em datas comemorativas, alusões a datas especiais (aniversário do clube, de conquistas marcantes, etc.). O Arsenal, clube inglês da cidade de Londres, recentemente utilizou a primeira opção de camisa em referência ao uniforme que utilizava quando estreou em um estádio do qual estava se despedindo.

O que tem ocorrido mais de costume é times lançarem camisas diferentes como "jogada de marketing". O Palmeiras, em dois anos, lançou uma camisa marca-texto e na temporada seguinte lançou um azul-retrô em homenagem aos tempos de Palestra Italia. O Corinthians lançou a camisa roxa em alusão a torcida (torcedor de verdade é torcedor "roxo"). Agora, duas camisas chamaram a atenção essa semana.

A foto em questão é o novo terceiro uniforme do Vasco. Depois da camisa que parecia uma veste paroquiana - já vi vários padres com vestes parecida com aquela camisa - surge agora o modelo "bandeira da Inglaterra". Também surgiu no Atlético Mineiro a camisa de treino cor de rosa, num tom bem suave e polêmico.

Bem, tem gosto para tudo. Fica aqui a opinião de quem é particularmente contra manifestações meramente mercadológicas e que nada tenham a ver com a história do clube. Façamos referências criativas e dignas de tal gesto.

Um forte abraço.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Eterno foguete molhado?


Mais uma vez Dodô está na berlinda. A pergunta é: até quando?

A primeira camisa foi a do Nacional, de São Paulo. Passou discretamente pelo Fluminense e Paraná. Até destacar-se de vez no São Paulo.

Lá fez dupla com Aristizábal, um dos bons gringos que cruzaram o Brasil. Começou matador, atraindo os olhos de Zagallo. Fez apenas cinco jogos e dois gols. Porém, as vacas pelos lados do Morumbi eram magras, e ficou somente com um Paulista o currículo.

De lá, desceu a serra e foi jogar na Vila famosa, num tempo em que o presidente emprestava dinheiro para o clube e bancava contratações caras (além do próprio Dodô, nomes como Rincón, Carlos Germano e Edmundo passaram por lá em um período de dois, três anos). O que deixou marcado foi um golaço contra o Inter, no Beira-Rio.

Na primeira passagem pelo Botafogo, em 2001, uma salvação do rebaixamento. Coisa que não conseguiu fazer no Palmeiras, no ano seguinte. Mesmo acompanhado de jogadores como Leo Moura, Arce, Marcos, Zinho e Pedrinho. Ou seja: mais uma passagem por um time grande, mais um insucesso.

Daí foi se esconder pela Ásia. Ulsan Hyundai e Oita Trinita foram os times que abrigaram o artilheiro que, mais uma vez, se destacou por um belo gol, do meio campo. Voltou discretamente ao Brasil através do Goiás. Discretamente, pois foi banco de Roni e Souza.

Em 2006, volta ao Botafogo e começa a formar sua fama de "artilheiro dos gols bonitos". Campeão estadual pelo alvinegro, sai no melhor momento da temporada, a procura de uns petrodólares. Voltou novamente em 2007, no ano do início do inferno astral. Começou a temporada de maneira avassaladora, apresentando um bom futebol e mais gols bonitos. Mais uma vez ensaiou que ia, mas a eliminação catastrófica para o Figueirense em pleno Maracanã e o vice-estadual para o Flamengo azedou a performance.

Mas nada que piorasse mais que o Doping.

Primeiro foi suspenso pelo STJD. Depois, teve a pena revogada. Porém, seu futebol começou a cair, junto com a performance do time. Sem clima, foi formar o trio de ataque dos sonhos no Fluminense, na temporada seguinte, onde o tricolor jogaria a libertadores. Mais uma vez, marcado principalmente por um golaço contra o Arsenal de Sarandí, em uma goleada no Maracanã. Mesmo com a saída de Leandro Amaral para o Vasco, por força de uma ação judicial, foi relegado a reserva, perdendo a vaga para um volante (Cícero). Gerou um nítido desconforto no elenco, até a WADA desarquivar seu caso e julgá-lo. Teria de cumprir o restante da pena por doping, até completar dois anos.

Agora, tenta a sorte novamente no futebol, dessa vez vestindo a camisa do Vasco. O começo foi promissor: uma artilharia provisória do campeonato carioca e um baile contra o ex-clube. Mas caiu de desempenho junto com o time e virou segunda opção para entrar em campo contra o poderoso ASA de Arapiraca.

Resumo: Dodô começa bem, mas uma hora ou outra acaba caindo de desempenho. Até quando? O tempo está acabando...


Falta de pauta é um problema... (parte 6)



Eliminado na Champions, Terry atropela segurança na saída do estádio.

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Não satisfeito em dar um carrinho por trás no "colega" de seleção, ainda dá uma cacetada no vigilante do clube.